sexta-feira, 22 de julho de 2011

Peso não é documento

Se beleza e idade não são documentos, peso também não o é. Gordinhos e gordinhas também podem dançar balé.
  (ilustração: Simone Pessoa | cores: Luna Victoria Pessoa)

Quem realmente vê a dança como arte sabe que sua essência é o movimento, o ritmo, e não a forma. Esta fica para as artes visuais. 
As imposições estéticas limitam as criações e espíritos artísticos. Quem tem na mente o estereótipo da bailarina graciosamente magra, com cintura fina, pernas e pés bem torneados, roupa brilhante e esvoaçante, precisa, talvez, fechar os olhos e abrir a mente para aprender a ver com o coração a beleza de um corpo que, mesmo acima do peso, quando bem trabalhado, traz nas pontas da sapatilha leveza e suavidade...
Para as bailarinas magrinhas e gordinhas, o importante é respeitar os limites do corpo e preservar a saúde.

Olhem que graciosa minha fofucha bailarina, acima. Acima do peso, acima das expectativas... minhas... que tenho tentado a arte da ilustração com o mesmo interesse que tentam gordinhas e gordinhos arrasar nos palcos e pistas de dança.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

DIA DO AMIGO

Nos campos, bosques e jardins, as folhas caducas que caem ao pé das árvores durante o outono e inverno é bom que ali fiquem depositadas, adubando a terra até desaparecerem enquanto forma original, embora continuem existindo transformadas que são em alimento para as próprias árvores. Não há problema em deixar as folhas caídas sobre a relva dos campos, bosques e jardins. Na natureza, os galhos, secas folhas, flores e frutos que caem das árvores transformam-se em adubo para as plantas.
Mas quando cultivadas em vasos, inverte-se o efeito. O material em decomposição, além de dificultar a circulação de ar pelo solo, pode gerar o aparecimento de fungos que prejudicam as plantas.
Como as folhas, são os amigos. Os que em nós vivem como se em campos, bosques e jardins estivessem, quando de nós se afastam, como folhas que caem, por mais longe que possam ir, nunca deixam de alimentar ternamente nossas lembranças e saudades, transformam-se em adubo em nossas vidas, aquecendo-nos no outono e inverno...
Os que em nós vivem como se em vasos estivessem, são rasos, sem raízes profundas, limitados ao barro da cerâmica ou artificialismo do plástico ou putrefação da madeira ou fragilidade do vidro. Nessa condição de vasos findos... São, no instante em que em nossas vidas estão, mornos, tépidos, quando muito conseguem nas quentes estações... Quando para longe se vão, como folhas que caem, deixam de nos alimentar as lembranças, inexiste a saudade.  
Assim, sempre que possível, remova as folhas secas sobre a terra dos vasos, amigos rasos, e remova também as que ainda não caíram dos galhos, mas cuja queda é iminente. Deixe o ar livre para os amigos que nos chegam como folhas que forram as relvas de campos, bosques e jardins. Estas jamais permitirão que fungos cubram de branco ou negro a colorida beleza que aviva nossos corações de verdadeiras AMIZADES. 

Uma saudoso, caloroso e carinhoso abraço a todos meus lindíssimos amigos... aos que estão cá bem embaixo da árvore que sou, aos que o vento frio e forte levou para longe, aos que já mudaram sua forma e se transformaram em adubo etéreo, enfim, a todos os AMIGOS que em mim vivem como se em campos, bosques e jardins estivessem... Amo todos vocês.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Meu assanhadindo

Esse assanhadinho aí é um dos trabalhos gráficos que produzi em 2010 no curso livre de Desenho e Ilustração, na Usina de Arte. Acho que se eu treinar muito, durante uma vida, conseguirei ser artista (rs rs rs).
Preciso de incentivo dos amiguxos. Please!!!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Poesia é cria

Poesia é cria
que o poeta pare para o mundo.
Ao nascer
por natureza
ela quer-se vagabunda.
Não há dor no parir
a dor nasce
quando por anomalia
(da cria ou
do criador, se não do leitor)
a poesia não se desgarra
permanece umbilical
amarga ligadura
amarra à morte
criador e criatura.
                           Simone Pessoa

saudade dos meus amigos

"Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações."
 Vinícius de Moraes

    Para meus amadíssimos novos e velhos amigos, para os que não vejo há anos, há meses, há dias, deixo aqui um terno e saudoso abraço.
A alegria de reencontrá-los é tão grande quanto a alegria de tê-los conhecido.

Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.
Carlitos